Separação dos Pais

Separação dos Pais

Em uma separação cada criança reage de um jeito. É quando pode entrar em cena uma regressão no comportamento, no caso dos pequenos. Por terem mais dificuldade para verbalizar sentimentos, as reações podem ser percebidas de outros modos: voltar a fazer xixi na roupa, querer mamar ou chupar chupeta. Na fase pré-escolar, podem ocorrer somatizações, como uma dor de barriga ou de cabeça, alterações de humor, sono e apetite. No caso dos adolescentes, é possível surgirem oscilações de humor, agressividade e isolamento. 

Os pais podem conversar sobre os novos acordos e horários, além de abrir espaço para sugestões, questionamentos. “A rotina vai mudar, obviamente, mas o amor não muda.”

Finalizada a conversa, é hora de partir para a prática. “Existe o entendimento de que a partir de certa idade, convencionou-se 12 anos, a criança deve ser ouvida sobre o que deseja. Mas, esse critério precisa ser utilizado com cuidado, e sempre com laudos psicológicos específicos. 

É importante que os pais tenham maturidade para focar a atenção nos filhos. A mudança de casa, os novos hábitos e o menor tempo com um dos responsáveis pode impactar negativamente a vida da criança, o diálogo é fundamental nessa fase, para dar mais segurança emocional aos jovens.

Contudo, é importante ter maturidade e encarar os desafios. Nesse momento, é necessário que os responsáveis sejam pais, antes de serem ex-companheiros, e tentem minimizar os problemas e as frustrações que podem ocorrer.

 Por vezes, o(a) filho(a) tende a se culpar pela separação ou acredita que o responsável que está saindo de casa está o(a) abandonando.

Os pais devem manter uma relação saudável e promover o diálogo e a união, para os filhos perceberem essa harmonia e conseguirem entender que a separação não é sinônimo do fim da família

Durante o processo de divórcio, é importante que a criança não tenha contato com brigas e discussões. Quando o(a) filho(a) participa desses momentos, ele(a) tende a tomar partido de um dos pais e fica com raiva do outro responsável.

O medo é comum na vida dos filhos de pais separados, pois eles acreditam que estão perdendo seu amor. De fato, a separação abala a vida da criança, pois ela precisará criar outra rotina para compartilhar momentos com os responsáveis. Se antes as refeições, os passeios e as viagens eram com toda a família, agora uma divisão será estabelecida.

Contudo, é muito importante que os pais tenham maturidade e respeito com os filhos e não extrapolem essa divisão. Durante os aniversários, os eventos na escola e outros momentos importantes, é fundamental comparecerem em conjunto e dar todo apoio às crianças.

Ambos os responsáveis têm direitos e deveres quanto à educação do(a) filho(a). Portanto, impedir que o pai ou a mãe participe desse momento como forma de punição ou vingança pode trazer péssimas consequências para a formação da personalidade do(a) jovem.

As rivalidades pessoais não devem se estender aos valores ensinados aos filhos. Quando há conflitos nessa prática, criando dúvidas do que pode ou não pode, do que é certo ou errado, a criança fica confusa e se sente instável frente a outras relações. Nesse caso, os responsáveis devem alinhar regras quanto à alimentação, uso de tecnologia, horário de dormir e bons hábitos.

Vamos promover a mediação de conflitos e diálogo entre os envolvidos sempre que possível.

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